Monday, March 31, 2008

Viena 101

Quatro dias, quatro aeroportos. Pouco sono. Perdi-me. Reencontrei. Ri-me. Muito. Sofri um bom bocado e sofri tipo Miss, com direito a lágrimas e consolo pelos jornalistas espanhois. O tuga ganhou e os tugas celebraram. Fui "la farolera" e fui "all in" com quase nada. Tive azar e sorte. Comi um panado que era uma "especialidade". Encontrei adolescentes lindas e a cairem de bebedas. Uma parede cheia de babes solteiras que se esvaziou até que ganhou outros usos. Ri-me com a malta da GQ espanha e arranjei um fã belga (chato, chato, chato). Dormi imenso em aviões e viajei de Viena a Zurique com uma giga família da arménia - e que não primava pelo bom cheiro. Passeei por jardins com sol e assisti a uma Manif anti UE. Chorei a rir a falar de "loiça" e lembrei-me que o sotaque do norte pode ter muita graça. Hasta Las Vegas.

Wednesday, March 26, 2008

O baguinho

O mundo é um baguinho de uva. Uma adorável e minúscula ervilha. Em que velhos amigos tornam como novos, mas com um passado comum, cheio de galhofa. Ontem foi assim. Adorável, nas avenidas novas com os M&M's e o always gorgeous Michael Days.

Desta Manhã

The pin-striped men of morning
Are coming for to dance
Forty-million dollars
The kids don't stand a chance

Tuesday, March 25, 2008

Casa Cheia

Apesar do que diz a Visão, não saí de casa para fugir à "alçada dos meus pais". Porque já não tenho "pais" e o meu Pai nunca foi grande alçada. É verdade que criei uma espécie de Neverland onde posso brincar aos crescidos durante o dia e ver desenhos animados durante a noite. Um espaço que é só nosso e que em seis meses ganhou o nosso cheiro e vai tendo a nossa cara. Mas é um espaço nosso e não meu. Este fim-de-semana fiquei sozinha e não gostei - fui para a não-alçada paterna. Estava vazia, calada, não era minha. É que a minha, é uma casa cheia.

Under Pressure

Eu não falho. Ou não estou habituada a falhar. Compreendam, nunca fui a gaja que estuda, estuda, estuda e depois tem notas más ou medíocres. Nem a tipa que dá o litro e tem azar. Mas sempre que dou o tudo por tudo acho que vai ser a primeira vez. Que vou ter azar, que as coisas vão correr mal e que me vou juntar ao grupo (m e d o) dos esforçadinhos.

Monday, March 24, 2008

Não só no retrato

Há quem defenda que a família é coisa que só resulta em retrato. Ontem tive a prova de que, pelo menos a minha, também se sai bem em filme.

About life

Tenho para mim que a vida é um longo casting para ver quem entra no Céu.

Wednesday, March 19, 2008

Insólita

A Visão de hoje chama-me insólita. O que é bastante insólito visto que de insólita não tenho nada. Também diz que quis fugir da "alçada" dos meus pais, quando nunca usámos a expressão "alçada".

Hurray!

Tuesday, March 18, 2008

O que me apetece berrar de há umas semanas a esta parte

Why don't you all slip into something more comfortable?





Like a Coma.

Saltitona

Toda a gente sabe que sou uma Diva. Não uma daquelas pessoas que têm de mimar Divas.

Got it?

Sunday, March 16, 2008

Sunday Morning

Acordei as 08h30 para ir buscar uma amiga que chega da China, onde esteve aproximadamente 8 meses. Pois que me enganei e ela chega hoje as 9h00 da noite. As minhas amigas, mal informadas por mim, levaram a coisa com algum desportivismo (se fosse eu acho que me tinha passado mais) e resolvemos ir celebrar a minha estupidez com um pequeno-almoco na DeliDelux. Muito bom, ainda apanhamos uns raiozinhos de sol, deliamo-nos com umas criancinhas que andavam por la de triciclo. Quando nos quisemos vir embora e que foi uma chatice por causa da maratona nao podiamos sair do parque. Nao percebo os demoniacos adoradores de desportos de fim-de-semana. A estrada tinha uma pouco adoravel moldura de restos de laranja e por momentos ainda pensei que tivesse havido uma especie de manifestacao contra os alegres e matutinos sadicos. Havia tamb]em uma banda que ali estava claramente com o objectivo de gozar e piorar as coisas - o senhor tinha uns agudos piores que os da Miuccia com o cio - que cantava o Alive dos Pearl Jam. Um pouco ironico. Acho.

Third

Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expelia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns atrás dos outros os Bispos Sacerdotes, Religiosos e Religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz, estavam dois Anjos, cada um com um regador de cristal na mão, n'êles recolhiam o sangue dos Mártires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.

Demorou 72 anos a ser revelado.

Tuesday, March 11, 2008

When Nietzsche talks to me

Talking much about oneself can also be a means to conceal oneself.

16

Já não tenho 16 anos. Parece óbvio para todos. Mas a verdade é que até há bem pouco tempo olhava para mim e via-me com 16 anos. Com 16 anos nada é óbvio e nada é definitivo. Agarrei-me a essa indefinição até ela se apropriar da minha identidade. Depois à minha volta todos insistem em crescer. Em ficarem crescidos e em fazerem a vida que me lembro dos meus pais fazerem. E eu sem querer passar a fronteira para o mundo dos adultos.

Até há bem pouco tempo continuava a achar que não havia consequências, como quando escaldava ao sol (não muito que sempre fui dada a cremes). Mas há. Poucas são tão definitivas como os alarmistas gostam de gritar. Mas a ausência de vontade de alterar o traçado do caminho existe, é real e tenho de a assumir. E a parte boa é que, por causa disto, engulo menos sapos, tenho menos sorrisos amarelos e não tenho de aturar situações / pessoas insuportáveis.

Encontrei a minha Neverland. Que espero que seja eterna, sabendo que não vai ser, que um dia me vão apanhar e vou ser tão crescida como os outros todos. Mas gosto deste pedaço de vida intermédia. Tenho responsabilidades - muitas mais do que as que gostava de ter - mas tenho um espaço imenso para ser criança, fazer asneiras, errar e voltar atrás. Passo tardes a ver desenhos animados como já não o fazia desde o liceu, desde os meus 16 anos. Tenho conversas parvas, fúteis, galhofa, trashanço. O que vou vestir na sexta-feira continua a ser assunto que me ocupa umas horas.

E gosto.

Life's a Zoo

Estou oficial e literalmente entregue à bicharada.

Desta Manhã

There're people going into the stratosphere
Soldiers fighting with the call
But with you by my side I can do anything
When we swing, babe, we hang past right and wrong

Monday, March 10, 2008

Lisboa e Tokyo

Thursday, March 06, 2008

Para perceberem melhor...

o que se passou foi mais ou menos isto:

piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii(porque não atendem?)piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii(estas redacções são uma confusão)piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii(allô)piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (vazio) piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

by Gominha

Sou um fax

Uma júnior da minha agência, foi apanhada em pleno follow up a "falar" com um fax. Acho que o ruído de frequência que os aparelhómetros emitem era como a música que algumas centrais nos impingem.

Desde esse momento a minha resposta para tudo é "piiiiiiiiiiii sou um fax".

Saudade

Não há sentimento mais angustiante do que a saudade. Há saudades que nunca param de crescer e que não temos como encolher, como tornar inexistentes. Há saudades que oprimem e nos fazem pequeninos. Mas há uma saudade que nos lembra que temos sorte. Que nos lembra que gostamos e que gostam de nós. Há uma saudade que é melancólica mas que tem um travo a felicidade: o mundo que nos espera.

Wednesday, March 05, 2008

The otherside

Ghost World

O que é ser diferente? Do filme adorei o argumento e o guarda-roupa de Enid que oscila entre o vintage maravilhoso (a t-shirt na imagem é fabulosa) e o mau gosto que doi. Gosto da parte em que ela pinta o cabelo de verde e a trasham "uuuuhhhh és tão diferente!" e ainda deixam o conselho "se queres mesmo ser revolucionária tira um curso, trabalha para uma grande companhia e dá o golpe por dentro". Já me tenho alongado milhares de vezes as pessoas que querem apenas ser diferentes, sem saber responder ao certo ao "diferentes de quê?", recorrendo muitas vezes apenas ao que é pior - ou mais feio - numa espiral vazia de sentido. E tentam também "ser diferentes" no que à arte diz respeito, vomitando conceitos cujo significado desconhecessem e propagando clichés como quem anuncia novos profetas.


Cheering me up


I like yellow daisies.

Monday, March 03, 2008

Halfway




Persépolis



Gostei do traço, das imagens e da história. Como boa egocêntrica, não consigo não encontrar pontos em comum entre mim e Marjane. Embora não tente sequer fingir que sei o que é viver em Teerão nos anos 80. Mas eu também bebi da ideologia dos meus Pais e da minha Avó (paterna), muito antes de saber o que é ideologia ou partidos ou política. Imaginei discursos para a campanha de Soares em 86 e quis criar uma nova religião em que a Missa não fosse obrigatória e todos pudessemos comungar - e não apenas os que tivessem feito a Catequese. Também fui respondona (fui...) e embora não tenha sido obrigada a usar o véu, fui uma vez para a rua (numa aula de Técnicas de Tradução de Inglês) por me recusar a tirar um cachecol que tinha enrolado à volta da cabeça - estava um frio de rachar e achei descriminante quererem que tirasse o cachecol (encarnado) da cabeça, quando se fosse um véu preto teriam de o deixar ficar.



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