Tuesday, July 28, 2009

O regresso

Lá morri de saudades, cá morro de saudades. A globalização não é compatível com o saudosismo. E fui mordida pelo "estou bem onde não estou". A viagem, a viagem foi pouco calada e aquela cidade nunca dorme, mas não sei como nem porquê pensei mais nestes dias que nos últimos meses. Ver as coisas e ver os outros, ver-me a mim com olhos de ver, é coisa que não gosto de fazer preferindo olhar para o mundo pelas lentes torpes dos meus olhos que tantas vezes se enganam embora eu não me importe se não der por nada. Mas vi e agora durmo a pensar nisso e o jetlag não ajuda à vontade de dormir à noite, quando no escuro indefesa sou vilmente atacada por esses fantasmas que vou enxotando ao longo do dia.

Sou de heróis e não lhes admito falha e sei que isso é falha minha. Depois tropeço em desilusões que são só a outra face de ilusões que eu mesma criei e me ofereci porque precisava ou porque queria, nunca sei bem. Também vou pelas conveniências, pelo que sabe bem, sem me importar muito com isso, até não conseguir mais desviar o olhar, andar como se não visse ou a coisa ser mesmo um problema. Depois a "coisa" cresce e eu tento evitá-la, mudar de passeio, assobiar para o ar e fingir que não é nada comigo. Em última análise, dar de frosques, desaparecer, que a fuga é a safa dos cobardes com pernas.

Saturday, July 11, 2009

Going to NY




E não sei porquê deu-me para ouvir Duke Ellington enquanto faço a mala. Estou tão cansada da correria dos últimos dias, dos estados de espírito dos últimos tempos. Mas agora, nesta madrugada de arrumações e planos e listas, neste momento, o mundo parece-me quase perfeito.
FREE hit counter and Internet traffic statistics from freestats.com