Friday, August 28, 2009

Thin Line

Às vezes, quase todos os dias, a linha que separa a vida que corre bem da vida que corre mal é quase invisível. E raramente apreciamos a diferença. Excepto em dias como hoje, em que nos vemos sentados na dita linha, à espera que o futuro jogue a nosso favor.

Fast

Sou rápida. Não o digo com orgulho. Sou rápida porque percebo mais depressa. Aprendo depressa. Sou rápida. E sou estúpida. Porque apesar de aprender depressa e saber de cor, continuo a fazer asneira.

Wednesday, August 12, 2009

Misterious Ways

Faz parte do ser humano questionar a vida, a morte, os mistérios da existência. O princípio e o fim marcam-nos, por vezes corroem-nos, mais do que tudo aquilo que preenche o tempo pelo meio. Bom, com o meio, com o que acontece pelo meio, somos tolerantes, inventamos razões e criámos esse mundo fantástico e admirável de analistas da psique que tentam dar-nos respostas. Para os "extremos" da existência, criámos Deus. O Deus que nos castiga depois da morte, com a morte de entes queridos, com a sombra da nossa morte sempre tão perto do nosso escalpe. Esse mesmo Deus a quem, de joelhos, agradecemos pela fragilidade e beleza de vida recém surgida, pelo último sopro que nos afasta do abismo.

Os que não crêem em Deus, creio eu, tendem a afastar-se da sua raça. Não por abraçarem o endeusado intelecto, ilusionista da lógica racional, mas por se aproximarem do pó, da partícula e do infinitamente obsoleto. E a morte, essa vil criatura, merece de nós apenas o maior desprezo, do banal que é o pó ao pó tornar.

Tuesday, August 04, 2009

Lost

Nunca percebi bem se andar perdida é ter destino e não saber como lá chegar ou olhar para a estrada e não saber onde vai dar.

Sunday, August 02, 2009

Alone by the cinema

Até há muito pouco tempo, não ia ao cinema sozinha. E quando via alguém sem companhia, tinha pena. Recentemente descobri o prazer de ir ao cinema sozinha. No big deal. Eu sei. A maioria das pessoas prefere. A mim soube-me, sabe-me ainda, àquelas pequenas etapas cumpridaa que nos tornam crescidos - como quando nos deixam usar os fósforos para acender o lume ou atravessar a rua sem dar a mão.

É idiota, eu sei. Mas se por um lado acho que já sou crescida, em tantas coisas sou ainda tão acriançada. Como quando espero que haja sempre alguém para me defender. Não lido com gás. Não mato insectos (aranhas, melgas, baratas e afins) porque acho sempre que uma "Mãe" de dimensões épicas vai aparecer para se vinagar de mim. Coisas estúpidas, mas que são um atestado de bebé num mundo em que muita gente ainda não sabia escrever e já aquecia o próprio leite num fogão a gás.

Enfim, todos nós temos as nossas etapas de crescimento. Eu, aos 28, aprendi a ir ao cinema sozinha. E hoje fui ver o Harry Potter.

(crescida sim, mas não tanto...)
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