2006
posso dizer que chorei. posso dizer que ri. que me diverti, que fiquei dep, que inventei depressões para me obrigar a divertir ainda mais. que me magoei, que magoei outros, que me preocupei com isso e que caguei para tudo e para todos e até para mim. ouvi boa música e li bons livros e perdi tempo com pseudo-sucessos, notas já usadas, batidas aborrecidas e frases feitas. dei beijos mornos e doces debaixo de chuva gelada e beijos que são enganos feitos de sono, de álcool e alguma estupidez. esqueci finalmente quem me ocupava bytes de mim mesma sem razão, bytes de peter pan e bytes amargos de limão gelado que em dias de sol sabe bem. vivi Lisboa uma e outra vez. vi o sol nascer junto ao tejo enquanto falava do nada e de todas as coisas que vagueiam em mim. passeei pelas ruas largas da Baixa, deixando que a luz branca desse côr aos caminhos negros por que me perco em mim. lanchei no jardim da estrela em tardes quentes e abafadas de um tempo que não volta a ser o mesmo. ri que nem uma perdida e como quem está perdida debaixo de um temporal achada no riso de um quiosque no canto do jardim do príncipe real. vi em campo de ourique as caras cada vez mais velhas que são as caras anónimas com que sonho, quando a mente procura memórias inócuas para descansar. desiludi-me uma vez apenas e acreditei vezes sem conta.
Às vezes fácil, às vezes difícil, mas nunca impossível. É o meu lema para 2007.
Às vezes fácil, às vezes difícil, mas nunca impossível. É o meu lema para 2007.
1 Comments:
Escreves muito bem. Força :)
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