Tuesday, February 06, 2007

A espera




Uma vez sonhei que mergulhava numa piscina e quando tentava chegar à superficie, esta tinha-se transformado numa película gelatinosa que me impedia de emergir. Não conseguia respirar e por mais que tentasse e nadasse, em nenhum ponto me era possível respirar. Sentia-me a sufocar e quanto mais esperneava, mais sufocava. Sentindo-me impotente sabia que ia morrer. Então, para além da angústia física, fui atacada por uma raiva imensa pela espera a que estava sujeita. Racionalmente sabia que se ficasse quieta aguentava mais tempo e as hipóteses de sobreviver (que alguém me descobrisse, que a película idiota passasse, whatever) aumentavam. Mas sobreviver mais tempo significava prolongar a espera de um destino que me parecia inevitável. E não parei de me mexer até acordar.
FREE hit counter and Internet traffic statistics from freestats.com