Andar
Conta a minha avó muitas vezes que, em bebé, eu era muito dada. No Verão que antecedeu o meu primeiro aniversário dei cabo das costas de todos os adultos que me rodeavam porque queria "andar" por todo o lado - e só o conseguia fazer se me segurassem nas mãos. A minha avó levava-me a lanchar a uma esplanada e, segundo ela, a minha vontade era comunicar com todos os que lá estivessem. Como, na minha família, nem todos tinham nem a minha energia nem as minhas social skills, só fiquei satisfeita no dia em que me deram um andarilho (diz que agora os pediatras não recomendam) e pude andar como queria e para onde queria, "metendo-me" com uma série de estranhos - sem que a minha avó me perdesse de vista.
Esta semana, depois de tirar o gesso, invadiu-me uma alegria enorme. Ter de volta a capacidade de fazer o que quero, como quero e quando quero. E desde então tenho-me lembrado muitas vezes desta história da minha infância.
Esta semana, depois de tirar o gesso, invadiu-me uma alegria enorme. Ter de volta a capacidade de fazer o que quero, como quero e quando quero. E desde então tenho-me lembrado muitas vezes desta história da minha infância.
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