Morte
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Tenho um fascínio incalculável pela morte. Pelo silêncio absurdo que ela representa, pela calma, pelo fim. A minha própria morte atrai-me. Não no sentido trágico, a mis en scène do suicídio parece-me galhofeira e barulhenta, dramática e cheia, muito longe do nada minimal que é morrer. A minha vida um dia vai acabar e, em vez de angústia, essa certeza dá-me calma, apazigua-me. Não que queira morrer agora, já. Mas não me importava.
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