Thin Line
Há uma fina linha entre a realidade e o sonho. Não raras vezes, quanto o que interessa é o detalhe, confundo com alguma facilidade o que aconteceu com o que sonhei. Ontem, estafada de uma noite saltitona com I'm from Barcelona (loved), caí numa sesta, dessas em que o corpo descansa e o espírito divaga, sem que de facto se consiga dormir. Neste estado que não sei classificar, uma vez que não se trata de sono, nem tão pouco consciência, sofri, ou sonhei que sofri, uma espécie de ataque epiléptico. Não que alguma vez tenha tido um ataque epiléptico (bom... uma vez a minha mãe tentou ser ela a tirar-me sangue e a coisa correu mal porque desmaiei e dobrei o braço, acabando com a agulha enterrada até ao cotovelo. Na altura, foi mais um susto e epiléptica foi uma palavra sussurrada). Bom, a imagem que tenho na cabeça é a da minha mão desgovernada com a janela em fundo, com a exacta luminosidade que encontrei ao "acordar". Mas o pior foi a tentativa de chamar por alguém que me ouvisse. Não conseguia articular palavra (também não espumava nem babava nem nada do género). Mas senti que gritava e ninguém ouvia. E eu ouvia-os lá em casa nas suas vidas do dia-a-dia, tão longe e tão surdos.
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