A fact is a fact is a fact
A verdade pode ser vista por muitos olhos e contada por muitas bocas. Um facto pode ser manipulado até perder contornos exactos, mesmo assim, contra certos factos não há argumentos. As palavras podem também sofrer interpretações dúbias. E contadas a terceiros - com um ou outro ponto a mais - podem mesmo ser inteiramente descontextualizadas e o seu significado dramaticamente alterado. Uma pessoa que diz a verdade, no sentido em que relata um facto real, pode estar muito longe de ser verdadeira. O timming para a verdade pode ser tão crucial e importante como a verdade em si. Mais, quando duvidamos das motivações e/ou inteligência da pessoa que, aparentemente, nos está a contar a verdade, temos obviamente sérias dúvidas em acreditar nela. E uma verdade cheia de dúvidas, deixa de corresponder a um facto real passado para pertencer ao domínio da especulação.
Desconfio sempre de grandes verdades contadas gratuitamente. Defeito da minha profissão, possivelmente. Informação, conhecimentos sobre a verdade dos factos, é sinónimo de poder. Não poder no sentido ministerial da palavra, mas poder de gerir a verdade e a sua revelação - e, helàs, a reacção dos outros a esta verdade. O timming novamente. A verdade tem um custo e muitas vezes obtê-la tem um custo - quanto mais não seja, o de nos mostrarmos confiáveis. Daí que a sua revelação gratuita, na minha humilde opinião, pode ter apenas uma de duas razões: ou serve um objectivo, e nesse caso tornamo-nos intrumento do plano de outrém, ou estupidez.
Desconfio sempre de grandes verdades contadas gratuitamente. Defeito da minha profissão, possivelmente. Informação, conhecimentos sobre a verdade dos factos, é sinónimo de poder. Não poder no sentido ministerial da palavra, mas poder de gerir a verdade e a sua revelação - e, helàs, a reacção dos outros a esta verdade. O timming novamente. A verdade tem um custo e muitas vezes obtê-la tem um custo - quanto mais não seja, o de nos mostrarmos confiáveis. Daí que a sua revelação gratuita, na minha humilde opinião, pode ter apenas uma de duas razões: ou serve um objectivo, e nesse caso tornamo-nos intrumento do plano de outrém, ou estupidez.
2 Comments:
PERFEITO!
Tal como há mais do que uma maneira ou intenção de relatar um facto, há mais do que uma maneira ou intenção ao obter um facto de outra pessoa. A revelação gratuita de informação pode originar-se num acto de estupidez ou manipulação, mas no momento em que tal acontece, expira o tal poder de que falas - ambas as partes tornam-se possuidoras da informação. No entanto, o receptor pode muito simplesmente perceber qual o propósito da facultação de informação, ou que ela nasce de pura estupidez. Nesse caso, quem é o manipulador e o manipulado? Se me apercebo que estou a lidar com alguém com o QI de um iogurte, isso será um facto novo e precioso que recolho do acontecimento. Se me apercebo que há uma hidden agenda por detrás daquilo que é dito, também isso será uma informação quiçá ainda mais importante que se obteve.
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