Angel
Na minha primeira saída depois do "acidente", marquei presença no Indie (depois de me chamarem "indiezinha nojenta" não podia faltar). Gostei de Angel porque o vi como uma sátira a muitas coisas. Aos romances cor-de-rosa que no início do século vendiam milhões, aos dramalhões romanticos que enchiam as salas de cinema na primeira metade do século passado. Angel é uma heroína com uma imaginação extraordinária. Uma heroína nos seus próprios sonhos que se recusa a abandonar. A mim, que tenho tempo para estas coisas, o filme deixou-me a pensar sobre o que fazer com os nossos sonhos, até que ponto "dourar a pílula" é uma coisa saudável. Angel é uma optimista que a certa altura se afasta, muito para lá do aceitável, da realidade que a rodeia. E quando evitamos a realidade a todo o custo, quando ela finalmente nos apanha, o choque é estrondoso e assustador.
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