Índice Onomástico
Escolher o nome de uma criança não é coisa fácil. Primeiro há o Pai e a Mãe. E a probabilidade de ambos estarem à partida de acordo é logo escassa. Mesmo antes disso. A minha irmã e eu, por exemplo, temos preferências comuns que terão de ser geridas com a mesma delicadeza com que se gerem as partilhas dos mares pelos membros da UE. Deixo-a ficar com o Tomás, mas quero a Isabel. Isabel Maria. Era o nome da nossa mãe e ambas queremos prestar essa homage. Ou seja, os nossos óvulos estão em concurso.
Também gosto de António, porque era o nome do meu avô que foi de facto um homem bom - o melhor que conheci - e gostava mais que o meu filho tivesse essa bonomia do que gosto na verdade da sonoridade no nome. A minha avó é Mariana Laura, gosto de Mariana, gosto mais de Laura, mas a minha avó odeia o nome dela (boicotou sempre que as netas fossem Marianas). De qualquer das formas Mariana Laura está fora de questão. Maria Adelina é o nome da minha outra avó, mas vá que traumatizar desta maneira as crianças logo assim que nascem é algo que devia constar na lista de crimes contra a humanidade. Por alguma razão eu sempre me recusei a tratar a minha avó por Adelina e remeti logo o nome para o adorável diminutivo "Lina".
Eu gosto de ser Joana. Acho que tenho cara de Joana. Embora às vezes me pareça um pouco dengoso demais. Mas às vezes (muito raramente, vá) também sou dengosa demais. Mas se tivesse outro nome, seria a mesma, ou seria diferente? Uma Eunice, por exemplo, pode ser dengosa?
A minha mãe não gostava do meu nome. Joana era uma empregada muuuuuito feia de uma amiga dela de infância. A minha mãe cresceu com o nome Joana associado a uma matrona para lá de feia. Depois nasci eu e aproveitaram-se do facto de ela não ter dado acordo de si durante três dias e chamaram-me Joana. Tenho as iniciais do meu pai (foi o melhor que se pode arranjar, não deixavam mesmo que eu fosse outro Zé Manel). O pior de tudo foi terem-se lembrado de me chamar "Joana Isabel", pois claro, que a minha mãe se ia ficando. Sempre reneguei o Isabel e só respondia ao meu avô quando ele me chamava "Isabelinha" - mas respondia torto, porque para além de tudo odeio diminutivos, "Joaninhas", e afins. Bom, gosto de Francisco e de Chico. O Avô Chico era o avô preferido da minha mãe e o avô que lhe deu a pulseira de ouro entrelaçado que a minha mãe usou a vida inteira e metade dela habita há quase oito anos no meu pulso (o meu pai mandou dividi-la e completá-la. Eu tenho uma metade, a minha irmã a outra).
Hei-de ter um Gaspar, porque Gaspar é nome de reguila que me chega a casa de joelhos esfolados e sorriso de orelha a orelha. Gaspar é nome de miúdo feliz.
E também não me importava de ter uma Marta. A minha irmã foi o meu primeiro bebé e é uma miúda bestial. Tirando os ocasionais ataques de mau génio. E isso, de acordo com as duas Martas recentemente nascidas na família, é mesmo do nome.
Também gosto de António, porque era o nome do meu avô que foi de facto um homem bom - o melhor que conheci - e gostava mais que o meu filho tivesse essa bonomia do que gosto na verdade da sonoridade no nome. A minha avó é Mariana Laura, gosto de Mariana, gosto mais de Laura, mas a minha avó odeia o nome dela (boicotou sempre que as netas fossem Marianas). De qualquer das formas Mariana Laura está fora de questão. Maria Adelina é o nome da minha outra avó, mas vá que traumatizar desta maneira as crianças logo assim que nascem é algo que devia constar na lista de crimes contra a humanidade. Por alguma razão eu sempre me recusei a tratar a minha avó por Adelina e remeti logo o nome para o adorável diminutivo "Lina".
Eu gosto de ser Joana. Acho que tenho cara de Joana. Embora às vezes me pareça um pouco dengoso demais. Mas às vezes (muito raramente, vá) também sou dengosa demais. Mas se tivesse outro nome, seria a mesma, ou seria diferente? Uma Eunice, por exemplo, pode ser dengosa?
A minha mãe não gostava do meu nome. Joana era uma empregada muuuuuito feia de uma amiga dela de infância. A minha mãe cresceu com o nome Joana associado a uma matrona para lá de feia. Depois nasci eu e aproveitaram-se do facto de ela não ter dado acordo de si durante três dias e chamaram-me Joana. Tenho as iniciais do meu pai (foi o melhor que se pode arranjar, não deixavam mesmo que eu fosse outro Zé Manel). O pior de tudo foi terem-se lembrado de me chamar "Joana Isabel", pois claro, que a minha mãe se ia ficando. Sempre reneguei o Isabel e só respondia ao meu avô quando ele me chamava "Isabelinha" - mas respondia torto, porque para além de tudo odeio diminutivos, "Joaninhas", e afins. Bom, gosto de Francisco e de Chico. O Avô Chico era o avô preferido da minha mãe e o avô que lhe deu a pulseira de ouro entrelaçado que a minha mãe usou a vida inteira e metade dela habita há quase oito anos no meu pulso (o meu pai mandou dividi-la e completá-la. Eu tenho uma metade, a minha irmã a outra).
Hei-de ter um Gaspar, porque Gaspar é nome de reguila que me chega a casa de joelhos esfolados e sorriso de orelha a orelha. Gaspar é nome de miúdo feliz.
E também não me importava de ter uma Marta. A minha irmã foi o meu primeiro bebé e é uma miúda bestial. Tirando os ocasionais ataques de mau génio. E isso, de acordo com as duas Martas recentemente nascidas na família, é mesmo do nome.
3 Comments:
sempre invejei esses países que celebram os aniversários onomásticos. Era sempre mais uma preocupação a ter quando se desse o nome ao filho.
Entretanto, se me quiseres dar os parabéns também a 29 de Setembro, só te ficava bem.
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