Retrair
Sempre que estou com alguém de quem não gosto, retraio-me. Sempre que estou com alguém que julgo não gostar de mim, retraio-me. Sempre que estou com alguém que me adora apesar de não me reconhecer, retraio-me. Falo como sempre, mas com um tom de voz controlado. Rio-me, mas sem as gargalhadas javardas do costume. Soletro cada sílaba, em vez do chorrilho corridinho. Imagino que retraida seja muito mais agradável. Para os outros.
4 Comments:
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ó lá! mas há mais assim?
ufff
Mmmmmm...e porque não deixar essa questão de "ser para os outros" e passar a ser por ti mesma?
Fazer para os outros, mostrar para os outros, esconder nas entranhaso que no fundo mais queremos mostrar, não acho que sejam os passos mais sinceros de ti para ti. Mentir para os outros conseguimos, para nós mesmo é que não, por mais que nos esforcemos.
E pergunto-me eu, o que leva a ter tanta imporntância os outros?
Pergunto-me eu, se vale a pena omitir, por medo de um pre-conceito?
Pergunto-me eu, pq temos de dar ouvido á nossa "consciencia-dona-do-seu-nariz-que-ate-sabe-o-que-os-outros-pensam-de-nós" e fazer disso uma verdade absoluta?
=*
*pumpkin
Não é mentir. É ser eu mesma. É a forma de manifestar o meu desconforto. Não o faço para ser agradável, faço-o por instinto. O resultado é que, imagino, seja mais "simpático" para terceiros - e aqui estava simplesmente a ser trash com a minha habitual maneira de ser.
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