Dos Espaços Religiosos
Nunca gostei de ir à missa. Quando era pequena era um sacrifício que tinha de fazer quando estava em casa dos meus Avós maternos. Não percebia o cerimonial e sentia-me descriminada por não poder "comer" a hóstia. Depois, numa altura em que andei mais perdida (ou numa altura em que sabia que estava perdida), tentei encontrar algum significado naquela coisa toda. Nada. Em última análise, aquilo dizia respeito a seres humanos que não eu. Banais, vá.
Mas gosto de igrejas. Do espaço. Estranhamente sinto-me lá bem. São frias e cheias de detalhes e abstenho-me de quem sou e ao que venho. Entro assim numa espécie de transe em que ignoro o que os olhos vêem e os ouvidos ouvem. Sinto, invariavelmente, frio. Não sei se no corpo se na alma. Mas, ao contrário do que a religião ensina, acredito que a alma é um fenómeno físico de partículas eléctricas organizadas por fórmulas universais e infalíveis. Por isso é indiferente. Mas gosto. Penso em coisas que habitualmente flutuam longe do meio eixo habitual de atenção. Aquelas coisas que estão sempre lá, mas que me recuso a enfrentar. Por variadíssimas razões, a principal das quais reside no facto de ser a modos que uma cobardolas de primeira.
Nos últimos dias estive em dois concertos. Andrew Bird e Wilco. O primeiro bom e o segundo óptimo. Não senti frio. No de Wilco quase que enjoei com o calor. Mas de novo não sei se na alma se no corpo. No de Wilco corpo e alma entraram em transe ignorando ressaca, cansaço e alguma da raiva e frustração que ultimamente me correm nas veias. A cabeça foi para longe enquanto o corpo saltava. Em Andrew Bird foi diferente. Porque deixei mesmo de ouvir, ouvindo. Mas ouvi-me.
Bom. Whatever.
Só que a cena dos concertos, apesar de tudo, custa-me bem menos que o dízimo.
Mas gosto de igrejas. Do espaço. Estranhamente sinto-me lá bem. São frias e cheias de detalhes e abstenho-me de quem sou e ao que venho. Entro assim numa espécie de transe em que ignoro o que os olhos vêem e os ouvidos ouvem. Sinto, invariavelmente, frio. Não sei se no corpo se na alma. Mas, ao contrário do que a religião ensina, acredito que a alma é um fenómeno físico de partículas eléctricas organizadas por fórmulas universais e infalíveis. Por isso é indiferente. Mas gosto. Penso em coisas que habitualmente flutuam longe do meio eixo habitual de atenção. Aquelas coisas que estão sempre lá, mas que me recuso a enfrentar. Por variadíssimas razões, a principal das quais reside no facto de ser a modos que uma cobardolas de primeira.
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