É o meu mês preferido. Sempre foi. É o mês dos meus anos, o mês em que regressava a casa depois da agitação das férias em família, com primos, avós e tios. Regressava ao meu canto, ao meu quarto e à minha cidade. À escola e às rotinas que definiam os meus dias e quem era. Já não gosto de férias em Agosto porque gosto da cidade só minha, com o sol a bater quente no asfalto vazio. Mas gosto dos murmúrios que chegam com as primeiras folhas que caem, do vento que acorda e enche de sussurros as noites que esfriam. Nas folhas que caem sinto que a vida volta, são as minhas cores que enchem os passeios de formas escorregadias. Depois do calor do Estio, os sentidos acordam e volto a sonhar, a querer e a planear. Porque é destes três verbos que vivo.
Setembro é o meu mês, em que começo, em que torno a ser.