Sunday, October 14, 2007

Disturbing Colors

É um dos clichés mais comuns em livros e filmes: perguntar qual a cor preferida. Como se a nossa cor preferida dissesse alguma coisa sobre nós. Conheço bem muita gente sem fazer a mais pequena ideia sobre qual seja a sua cor preferida. Até sei como amuam e como se mexem quando estão chateados. Ou a forma como não olham para mim quando as chateio a sério ou magoo um bocadinho. Mas não sei de que cores gostam, de que cores se vestem e, por algum tempo, posso até ignorar a cor dos seus olhos.

Work

Há alturas em que o trabalho cresce de forma assustadora e sentimos que estamos a esticar a mente ao limite. A concentração já não é o que era - até porque há perto de um ano que não tenho férias e, pelo meio, parti uma perna, fui operada, passei a biónica e ainda mudei duas vezes de trabalho. Esqueço-me de coisas pequenas, porque as grandes estão sempre a aparecer. Escrevo tudo o que tenho para fazer uma, duas e três vezes e depois acho que perco tempo com isso, mas se não o fizer, esqueço-me. Depois há os clientes. Temos de responder bem e educadinhos, mesmo quando nos pedem o impossível, o absurdo e o errado.

Depoiso dia acaba e vou ao Ikea e viro aquilo do avesso, enquanto digo mal da saloiada que inevitavelmente por mim passa. Descanso a cabeça, mas não o corpo, que ontem implorou por descanso, com súplicas em forma de vómitos e uma dor de cabeça que me dava vontade de cortar os pulsos.

E, esta noite finalmente, descansei.
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