Descubro que me irrita o sorriso. O meu sorriso. Não o sorriso largo, exagerado, de satisfação, que tão facilmente me sai. Mas o sorriso contido, aquele que nem mostra os desntes (e eu que tenho belas favolas). O sorriso pequeno, chamemos-lhe assim, é um sorriso que sabe a pouco, que encontrou alguma pequenez. Se a coisa fosse má, mesmo má, levantava a sobrancelha (outro tique típico da minha pessoa), se fosse mesmo boa sorriria com os 32 dentes que tenho a sorte de ainda conservar livres de cáries. O sorriso pequeno, guardo-o para a pequenês, quando ela ali, insistente, espera pela minha reacção.