Ao fazer a minha ronda pelos blogs, descubro um post sobre
George Sand. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que li
A Pequena Fadette. Tinha 10 anos e estava a passar o Verão na Balaia. Tinha acabado de deitar a mão a uma colecção de livros que tinha acompanhado a adolescência da minha Mãe. Tinha, na altura, uma formação literária construída à base de livros da Condessa de Ségur e da Enid Blyton. Por isso estranhei ler um livro em que a protagonista está longe de ser uma
Menina Exemplar. Era quase uma bruxa. E levei uma eternidade a entender o que era o fogo-fátuo e a deixar de ser tão medrosa e preconceituosa quanto o resto dos personagens do livro. Sei que li o livro umas cinco vezes nos anos seguintes e sei que adorei saber que Sand havia sido amante de Chopin e Lizst. Vibrei com o filme
Impromptu em que o Hugh Grant fazia de Chopin.
Sempre gostei desta mulher que tinha muito pouco de senhora mas que lutava e enfrentava de frente todos os que limitassem a força dos seus ideiais. A George Sand foi e será para mim uma imagem que admiro e reverencio, mas uma imagem do que nunca hei-de ser.